9 de set. de 2011

Insígnia Negra - 1ª Temporada



Comunicado Importante:
A Série foi transferida para um endereço dedicado à mesma.
Os capítulos 1, 2 e 3 podem ser lidos aqui.
E a série completa você encontra postada no link abaixo:



Capítulo 1

Na região oeste de São Paulo moravam os irmãos Maurício e Manuela.
Os pais deles haviam morrido num acidente de carro durante uma viagem ao interior de São Paulo e deixara uma herança bem expressiva para os dois.
Manuela morava num apartamento enquanto Maurício morava sozinho numa casa ampla e antiga. A mesma era perfeita para realizar seu trabalho. Contava com um porão que fora totalmente adaptado às suas reais necessidades e sem que fossem deixados de lado todos os detalhes, escolhidos a dedo, de cada item ali presente.
Manuela se formara em biomedicina e trabalhava num núcleo de pesquisas relacionado ao estudo de DNA.
Maurício era um homem muito reservado, mas extremamente observador o que o levou a viver numa certa solidão e que por sua vez contribuiu para que ele se enveredasse por um caminho não muito ortodoxo. Ele perito da Polícia Científica e sempre que ocorria um assassinato, lá estava ele. Gostava muito do que fazia, ao passo que sua irmã sempre o questionava sobre o mesmo, uma vez que o julgava muito mórbido, mas dedicação sem limites ele nutria por algo muito maior e muito mais obscuro em sua vida.
Maurício guardou os arquivos que estudava e finalmente desceu para seu porão. Lá embaixo havia um pequeno estúdio de revelação que ele usava para revelar algumas fotos tiradas das cenas dos crimes, mas seu verdadeiro talento estava bem guardado atrás de uma porta pesada e que era aberta através de um sistema de senhas e leitura digital.
Após revelar suas as últimas fotografias da cena de um crime, ele se dirigiu para sua sala. Precisava verificar se tudo estava pronto.
A sala em questão não tinha muita coisa, mas o que tinha era o suficiente para realizar seus intentos. Havia uma prateleira com um cronômetro, ferramentas de aço inox e uma mesa do mesmo material. A mesa possuía um circuito de drenagem em suas laterais e cabeceira, que levava a um compartimento que desembocava num ralo que era ligado diretamente ao um sistema de esgoto independente da casa. Também na ponta da mesma havia um tornel de aço e em seu interior uma trituradora. Tudo isso era controlado por um sistema computadorizado.
A sala ainda contava com uma estante que acondicionava pequenos frascos de vidros cheios e no alto da mesma uma placa onde se lia: “Do pó viestes, ao pó voltarás”.
Era próximo das 10:00 horas quando ele trancou a sala, fechou o porão e saiu. Maurício precisava ir à casa do Rafael saber se ele havia conseguido as informações solicitadas.
Ambos se conheceram no curso preparatório para concurso público, eles queriam ser peritos. Rafael prestaria a prova para Polícia Federal na área de tecnologia da informação, enquanto Maurício para a perícia cientifica de São Paulo.
Alguns meses após o concurso ele soube que Rafael não havia passado e o contatou para saber se desejava prestar alguns serviços para ele e assim Maurício passou a usufruir de um diferencial que tornava seu trabalho mais fácil, por assim dizer.
Rafael era o cara que só vivia de seus trabalhos informais, escusos e sigilosos. Tornou-se uma espécie de hacker, mas não dos que invadem grandes sistemas, nada que chamasse atenção desnecessária. Usava sua habilidade para descobrir e vender informações pessoais e confidenciais a quem as solicitava. Seu maior e principal cliente era Maurício, o restante era coisa pequena.
Tocou a campainha e foi o próprio Rafael quem abriu a porta.
- Bom dia Rafael. Te acordei? Vim buscar o trabalho que te encomendei. O que conseguiu pra mim?
- Não muito, mas acho que já pode te ajudar. De toda essa lista consegui encontrar informações completas de apenas oito pessoas, das demais nada de muito concreto.
- Deixe-me ver o que tem aí?
Ele foi direto ao que lhe interessava. Na realidade sempre fornecia várias informações desnecessárias para encobrir o que realmente queria. Estratégia essa que sempre funcionava, pois na maioria das vezes ele entregava a Rafael os dados de pessoas das quais ele já sabia tudo misturado a pessoa da qual não sabia nada.
Maurício era muito esperto e agia com astúcia e cautela, sempre um passo a frente da investigação oficial. Durante a avaliação da cena do crime ele tirava algumas fotos das quais a polícia não teria acesso e colhia breves depoimentos extras oficiais, era assim que chegava ao seu objetivo final.
Ele sabia que havia deixado passar alguma coisa importante entre o terceiro e quinto garoto encontrado, mas ao analisar e comparar as fotografias do sexto assassinato percebeu que havia um fato que lhe chamou atenção e que não podia ser apenas uma simples coincidência. Foi então que imediatamente solicitou a Rafael que levantasse as informações que precisava para comprovar sua teoria.



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